A Ciferal é uma encarroçadora de ônibus
brasileira . A empresa foi fundada em 1955, e instalou-se primeiramente
no bairro de Ramos, na cidade do Rio de Janeiro e, em 1992,
transferiu-se para Xerém, no município de Duque de Caxias. Em 2001 foi
adquirida pela empresa Marcopolo.
Quem fundou a Ciferal foi Fritz Weisseman, um austríaco que
chegou ao Brasil ainda jovem, em 1927, quando sua família mudou-se para o
Brasil. A empresa fabricou o primeiro ônibus urbano em 1957 e o
primeiro ônibus brasileiro com ar condicionado
individual para os passageiros. Em 1961, segundo o site Raillbus, a
encarroçadora conquistou seu primeiro grande cliente, a Viação Cometa,
que não podia mais importar ônibus dos Estados Unidos, devido à política
de restrição de importações que começou naquela época.
A empresa tem destaque no mercado por ter sido uma das
primeiras do país a usar duralumínio (uma liga metálica com base no
alumínio) na carroceria.
No início dos anos 70, a empresa juntou-se às encarroçadoras Cribia e
Metropolitana – esta, fundada em 1948 pelo próprio Fritz Weisseman. A
Metropolitana, porém, foi vendida à Caio anos depois.
Em 1979, lança
o modelo novo de carroceria em duralumínio chamada Araguaia e, em julho
de 1981, o modelo rodoviário de longa distância Tapajós, sobre chassi
Volvo B-58.
A Ciferal chegou a ser estatal, nos anos 80, quando foi protagonista de uma crise financeira.
A crise teve auge com o cancelamento de um pedido de 2 mil trólebus
(ônibus elétrico) encomendado pela CMTC, empresa municipal de ônibus de
São Paulo. Antes, a empresa deixou de produzir as encomendas da Viação
Cometa – conhecidos como Dinossauro – levando-a a criar uma
encarroçadora própria, a CMA, e levando profissionais da CMA para
fabricar os ônibus customizados da empresa. Com a crise, o governador
Leonel Brizola decidiu pela compra da Ciferal. A fábrica desenvolveu
jardineiras – ônibus especiais para passeios turísticos em praias – e
ônibus novos para a CTC-RJ, estatal de ônibus.
Há uma história não confirmada segundo a qual os modelos de ônibus, baseados no projeto Padron, desenvolvido em 1979, foram apelidados de Briza, em homenagem ao governador. A crise teve ainda uma espécie de cisão, quando sócios da Ciferal abriram a Ciferal Paulista, uma espécie de filial da Ciferal em São Paulo.
Foi pioneira no projeto e desenvolvimento dos trólebus da nova geração para São Paulo, com desenho inovador tipo Padron. Nessa cidade instalou a Ciferal Paulista, que pouco depois foi transformada em Condor, com produção de carroceria para ônibus médio, com grande aceitação.
Do mesmo modo, em Pernambuco, surgiu a Reciferal (que ficava no Recife). Os carros
da Ciferal Paulista e da Reciferal tinham diferenças de acabamento em
relação aos modelos Tocantins da Ciferal, basicamente em lanternas e
desenhos de tampas do motor. Porém, a Ciferal Paulista foi rebatizada de
Condor.
Em 1982, por vários motivos, prevalecendo a interrupção de encomendas de trólebus para São Paulo, a Ciferal vai à falência e o governo do Rio de Janeiro assume o controle da empresa, enquanto a filial paulista era adquirida pela Condor.
Enquanto isso, em São Paulo, a Condor, não conseguindo manter a produção, veio a falir. Em maio de 1985 foi constituída nova firma encarroçadora, a Thamco, que arrendou inicialmente, por seis meses, a massa falida da Carrocerias Condor.
Pouco depois, a falência foi substituída por concordata e
em 1994 foi leiloada, tendo sido arrematada por R$ 18 milhões, pagos aos
ex-proprietários, o Banco de Desenvolvimento do Rio de Janeiro e a
Justiça fluminense. Mesmo assim, em 1986, após uma ameaça de paralisação
devido à concordata, a empresa se recupera e apresenta, em março desse
ano, vários modelos novos como: Fenix (urbano e interrnunicipal, sobre chassi
Mercedes-Benz, Volvo ou Scania); Padron Alvorada (urbano e
interrnunicipal, com comprimento de 10,70 m a 12 m, sobre chassi MBB,
Volvo ou Scania); Tapajós (rodoviário, com comprimento de 10,55 m a
13,20 m sobre chassi MBB ou Volvo); Dinossauro (rodoviário, com
comprimento de 13,20 m, sobre chassi Scania ouVolvo); Jardineira (urbano
especial, com comprimento de 10,50 m sobre chassi Mercedes-Benz) e
Padron Briza (urbano).
Essa questão, creditam analistas da época, foi crucial para a crise da encarroçadora, que teve mais concorrentes no mercado.
Na década de 90, a empresa se muda de Ramos para as instalações da antiga Fábrica Nacional de Motores
(FNM), em Xerém (RJ). A empresa foi privatizada na década de 90, ao ser
comprada por empresários de ônibus que eram clientes antigos da empresa
Em 1990, a Ciferal adquire, por US$ 12 milhões, a antiga fábrica de caminhões da Fiat, localizada em Xerém, na subida da Serra de Petrópolis, com 85 mil m2 construídos e 285 mil m2 de área.
Em 1991, no 7° Salão Nacional dos Transportes
(Transpo-91), a Ciferal lança o novo modelo Padron-Rio, em substituição
ao Padron-Alvorada, sobre chassi Volvo, sendo uma empresa do Ceará a
primeira a usar esse tipo de veículo.
Na cidade do Rio de Janeiro, a primeira empresa foi a Pavunense. A
Ciferal apresentou também um novo modelo só para exportação, o Carnaval.
Em 12 de abril de 1994 lança o novo rodoviário chamado Cursor, nas versões 3,60 e 3,40 e em setembro apresenta a carroceria GLS sobre nova plataforma da Mafersa M-290-A (articulado). Finalmente, em 19 de dezembro de 1995, a empresa é privatizada e passa a ser controlada por algumas dezenas de empresários de ônibus. Os compradores criaram uma holding, a R.J. Administrações e Participações, que passaria a deter todos os ativos da Ciferal Comércio e Indústria. O ano de 1996 se inicia, então, com novo logotipo, e é lançada a carroceria GLS BUS (urbana e intermunicipal), com a frente inclinada.
Em 1997 a Ciferal lança o Padron Cidade, modelo que teve mais de duas versões, mas as mais populares foram os Cidade I e II, este modelo ainda foi vendido pelo brasil assim como seus outros modelos, mas em 1999 a Ciferal começou a negociar suas ações com a Marcopolo e em seguida lança o Turquesa, modelo que tem a planta lateral e interna bem paralela ao Torino, modelo então da Marcopolo.
Em 2001 com a compra integral da Marcopolo, a Ciferal lança o Cit Max, modelo que se destacou no mercado e recebeu a assinatura dos designs da Marcopolo. Hoje não se fabrica mais modelo da Ciferal, a fabrica em Xerém esta destinadas aos urbanos que são comprados no Rio e de empresas de estados próximos. O Citmax foi fabricado até 2007 e o Marcopolo Torino Gerção 6 sai da fábrica de Xerém
A Ciferal deixou sua historia, sua marca e junto um legado de fãs, que torcem um dia pelo seu retorno ao mercado.
Veja a relação dos modelos fabricados pela Ciferal:
Artigo: Redação Mais Ônibus
Fonte: Wikipedia
Fotos: Acervo Mais Ônibus
Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe LitoralBus)
Há uma história não confirmada segundo a qual os modelos de ônibus, baseados no projeto Padron, desenvolvido em 1979, foram apelidados de Briza, em homenagem ao governador. A crise teve ainda uma espécie de cisão, quando sócios da Ciferal abriram a Ciferal Paulista, uma espécie de filial da Ciferal em São Paulo.
Foi pioneira no projeto e desenvolvimento dos trólebus da nova geração para São Paulo, com desenho inovador tipo Padron. Nessa cidade instalou a Ciferal Paulista, que pouco depois foi transformada em Condor, com produção de carroceria para ônibus médio, com grande aceitação.
Em 1982, por vários motivos, prevalecendo a interrupção de encomendas de trólebus para São Paulo, a Ciferal vai à falência e o governo do Rio de Janeiro assume o controle da empresa, enquanto a filial paulista era adquirida pela Condor.
Enquanto isso, em São Paulo, a Condor, não conseguindo manter a produção, veio a falir. Em maio de 1985 foi constituída nova firma encarroçadora, a Thamco, que arrendou inicialmente, por seis meses, a massa falida da Carrocerias Condor.
Essa questão, creditam analistas da época, foi crucial para a crise da encarroçadora, que teve mais concorrentes no mercado.
Em 1990, a Ciferal adquire, por US$ 12 milhões, a antiga fábrica de caminhões da Fiat, localizada em Xerém, na subida da Serra de Petrópolis, com 85 mil m2 construídos e 285 mil m2 de área.
Em 12 de abril de 1994 lança o novo rodoviário chamado Cursor, nas versões 3,60 e 3,40 e em setembro apresenta a carroceria GLS sobre nova plataforma da Mafersa M-290-A (articulado). Finalmente, em 19 de dezembro de 1995, a empresa é privatizada e passa a ser controlada por algumas dezenas de empresários de ônibus. Os compradores criaram uma holding, a R.J. Administrações e Participações, que passaria a deter todos os ativos da Ciferal Comércio e Indústria. O ano de 1996 se inicia, então, com novo logotipo, e é lançada a carroceria GLS BUS (urbana e intermunicipal), com a frente inclinada.
Em 1997 a Ciferal lança o Padron Cidade, modelo que teve mais de duas versões, mas as mais populares foram os Cidade I e II, este modelo ainda foi vendido pelo brasil assim como seus outros modelos, mas em 1999 a Ciferal começou a negociar suas ações com a Marcopolo e em seguida lança o Turquesa, modelo que tem a planta lateral e interna bem paralela ao Torino, modelo então da Marcopolo.
Em 2001 com a compra integral da Marcopolo, a Ciferal lança o Cit Max, modelo que se destacou no mercado e recebeu a assinatura dos designs da Marcopolo. Hoje não se fabrica mais modelo da Ciferal, a fabrica em Xerém esta destinadas aos urbanos que são comprados no Rio e de empresas de estados próximos. O Citmax foi fabricado até 2007 e o Marcopolo Torino Gerção 6 sai da fábrica de Xerém
A Ciferal deixou sua historia, sua marca e junto um legado de fãs, que torcem um dia pelo seu retorno ao mercado.
Veja a relação dos modelos fabricados pela Ciferal:
- Agilis
- Amazonas
- Araguaia
- Carnaval
- Cit Max
- Cursor
- Dinossauro
- Fênix
- Flecha de Prata
- Gls Bus
- Iguaçu
- Leme
- Líder 2001
- Micron
- Minimax
- Padron Alvorada
- Padron Briza
- Padron Cidade
- Padron Rio
- Paulista
- Podium
- Solimões
- Tapajós
- Tocantins
- Turquesa
Atualizado: 20/09/2012
Fonte: Wikipedia
Fotos: Acervo Mais Ônibus
Divulgação e Postagem de João Manoel (Equipe LitoralBus)
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